Bons livros não precisam de livrarias

in #culture5 years ago

Em tempos de crise econômica, o que não faltam são histórias caóticas seja para os cidadãos comuns ou empresas que lutam para sobreviver.

No holofote desse destino ameaçado estão as livrarias. Recentemente, as duas principais redes do país, Saraiva e Cultura, expuseram sua crise profunda de dívidas sem fim.

Infelizmente, o fechamento de 20 lojas da Saraiva não é uma situação tão nova ou inusitada como muitos preferem acreditar. Nos últimos anos, é perceptível as transformações vividas no mundo, cada vez mais com tecnologias disruptivas. Talvez, uma parcela da sociedade não esteja se dando conta ou conseguindo acompanhar todas as novidades.

Porém, isso não muda os fatos: as mudanças estão acontecendo. Nesse exato momento, algo está sendo construindo ou substituído. Ponto!

Pensar dessa forma não é minimizar o cenário de crise no mercado editorial. Apesar disso, as pesquisas mostram que existe um descompasso entre o colapso e os números de venda. O faturamento, o número de exemplares e o preço do livro tiveram uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado.

Essa contradição não explica a derrocada das livrarias, pois existem outros fatores envolvidos a longo prazo. Independentemente de outros desdobramentos, o importante é que essa freada brusca no setor não significa necessariamente que as pessoas não leem.

Pelo contrário, o contato com a leitura está acontecendo de outras formas. Já faz um tempo que ninguém precisa mais sair de casa para comprar um livro, facilmente é possível encontrar opções de downloads pagas ou gratuitas legais para acesso de qualquer lugar além de um e-book.

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Como será o contato da nova geração com os livros?

Ou seja, a forma de consumo pode ter mudado, mas não os gostos. Felizmente, muitos ainda cultivam a leitura. Um tempo atrás, a discussão estava centralizada na questão na questão da venda de CDs e DVDs. Na época, ainda existia o tema da pirataria.

Diversas alternativas foram encontradas e ainda estão sendo desenvolvidas, inclusive na blockchain, para atender as demandas dos artistas e produtores desses conteúdos. Por sorte, eles ainda estão em um ramo que rende mais dinheiro do que o editorial.

Para contornar o cenário, parte dos editores apostam na criação do preço fixo do livro, nos moldes de países europeus. Essa proposta existe desde 1837. Talvez, seja a hora de pensar em novas estratégias.

Perceptivelmente, o problema está na gestão. O setor precisa se modernizar para acompanhar os novos hábitos da sociedade atual. É na crise que surgem as novas oportunidades.

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