Um Grave Erro Pedagógico no Brasil

in #education4 years ago (edited)

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Frequentemente ouvimos que as meninas são mais "inteligentes" na escola; tirando boas notas e se comportando melhor. Será que o cérebro masculino é burro? Pense em tudo que os homens inventaram e descobriram ao longo dos séculos... não, por mais que muitos dos que propagam isso queiram realmente passar essa impressão mesmo, a mulher não é mais inteligente do que o homem; o problema está no método de ensino.
Há uma diferença de aprendizado no cérebro tipicamente feminino e no cérebro tipicamente masculino: a mulher presta muito mais atenção na linguagem, ela anseia por instrução (não se sabe se isso é de natureza biológica, mas é assim); o homem é um pensador, ele questiona o que está sendo ensinado, ele instrui a si mesmo.
A mulher aprende mais rápido sim, é isso é uma coisa boa, porque ela aceita o ensinamento sem questionar; o lado ruim disso é que se a aula for ruim ela vai tirar nota dez do mesmo jeito, ela vai aprender informações de má qualidade.
O homem demora mais para aprender porque ele processa a informação, ele compara com o que já observa, ele anseia por argumentos, ele debate com o professor. O menino tende a aguentar menos tempo sentado na carteira, ele deseja sair, conversar, o homem aprende por estímulos. Isso é interpretado pelas professoras como bagunça; na escola o jeito feminino de ser é considerado o apropriado. O meninos são reprimidos a se comportarem como as meninas, quietinhas... ovelhinhas ouvintes.
Ou seja, o método pedagógico no Brasil é muito "Marisa" (de mulher pra mulher). É muito centrado na linguagem: blábláblá na lousa pra copiar, depois blábláblá de explicações das professoras... é o que as professoras explicam e acabou! Sem muito argumento; as professoras esperam que os alunos considerem suas explicações o suprassumo da sabedoria, sem questionamentos (no final elas perguntam por dúvidas, não por questionamentos).
Mas pelo menos pra mulheres é bom. Será que é bom mesmo aprender de forma totalmente feminina, ouvindo e lendo instruções? Sem questionar, sem procurar contradições nas declarações dos professores... que tipo de mulher está sendo formada? Uma que se torna uma adulta sem senso crítico. Pegando carona no método "marisa", toda a mídia, o comércio e a política dá preferência em atingir a mulher (lembram de Eva do livro de Gênesis?... pois é ); elas prestam muita atenção ao blablabla, não é mesmo?
É claro que o extremo oposto também não é muito prático. O ceticismo deliberado, não confiar em nada do que dizem, o questionamento excessivo... no final nada se aprende. Por isso o ideal é um ensinamento híbrido: ainda fazendo uso da linguagem mas propiciando o questionamento, a observação, o estímulo.
Mas está claro que o que falta para gerar esse equilíbrio no ensino pedagógico no Brasil é estimular mais o jeito masculino de aprender (tanto nos meninos quanto nas meninas). Os professores precisam usar mais estímulos: trazer animais e plantas para a aula de biologia, trazer um microscópio para os alunos, trazer brincadeiras e jogos pedagógicos para a aula de matemática, oficina de leitura na aula de português (ler em público as historinhas dos alunos e depois estimularem comentários) estimular o debate entre alunos que possuem posições de pensamento diferentes, mais aulas fora daquela fétida sala de aula... o conteúdo programático de cada uma das matérias por ser complementado por constantes ideias criativas dos professores para surpreender os alunos, após certo tempo de blablabla. Isso é estímulo, é ensinar a aprender pela observação, causar impressões únicas em cada aluno e depois estimulá-los a conversarem entre si; isso é um pouco do elemento masculino que fez os homens inventarem tantas coisas no passado (notaram que os gênios estão parando de aparecer?).
Enfim, as meninas ganharem boas notas por ouvirem quietinhas e bonitinhas não significa uma vitória para as mulheres. Significa um ensino deficiente, que atinge apenas um tipo de cérebro, deixando boa parte dos cidadãos, senão todos homens e mulheres, crescerem sem uma boa plataforma intelectual.
Esse artigo deve servir de alerta, bem como uma respeitosa crítica ao modo como as professoras reprimem a energia dos meninos, que de qualquer jeito acaba saindo e sendo desperdiçada em forma de bagunça.

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