De onde vem a chatice das crianças

Existe uma tendência atual das pessoas optarem por terem filhos mais velhas, muito por conta da rotina dos dias de hoje que não facilita o contrário. Com isso, está cada vez mais comum pais de primeira viagem aos 40 anos de idade.

Nessa faixa etária, normalmente, as pessoas são mais maduras e responsáveis. O contraponto é a falta de energia da época dos 20 ou 30. E isso pode implicar em algumas consequências para uma criança em desenvolvimento.

A permissividade abusiva dos pais seja pela paciência elevada ou ausência dela é um dos fatores. O efeito disso costuma ser a chatice na criança, que vem por meio da falta de educação ou qualquer derivado disso.

O princípio básico vem sempre da falta de limites imposta pelos pais. Os que estão nessas condições dificilmente falam “não” para os seus filhos, e quase nunca os reprimem. Também procuram fazer a maioria dos seus gostos e mimos.

Inconscientemente, estão criando uma criança chata e, possivelmente, um adulto com problemas. Essa chatice é vista de longe pelas pessoas, mas, raramente incomoda os pais. Pelo contrário, é comum vê-los se sentirem injustiçados quando ouvem reclamações de professores ou parentes. Para eles, tudo não passa de puro exagero ou perseguição.

No entanto, a realidade é que muitos desses pais não reparam nos seus filhos. O fato de terem esperado mais tempo para tê-los no momento mais oportuno, parece ser apenas uma desculpa, porque continuam sem tempo ou estão cansados demais.

Por isso, o contexto também é propício para considerarem todas as reclamações alheias sem fundamento, porque elas pouco os atrapalham. Como passam pouco tempo com os filhos, eles não querem se indispor “à toa”. A ideia é só relaxar e relevar, afinal dá menos trabalho. Na dúvida, liga a babá eletrônica contemporânea: YouTube ou algum eletrônico. O diálogo acaba sempre ficando em segundo plano.

Outro possível motivo é a insegurança. A permissividade absurda pode vir do medo da perda, a sensação de que se forem mais incisivos, os filhos podem deixar de amá-los.

Talvez, o motivo pouco importe no momento. A questão é como alertar esses pais quando nem a escola consegue?

Nas situações em que se conscientizam sozinhos, ótimo. Ou pedem ajuda de algum profissional da área, como psicólogos. Porém, e quando nem enxergam a problemática?

Obviamente, que tudo isso não acontece apenas com pais mais velhos, mas foi onde eu notei maior incidência.