#FILMOTECA# - "Kidnap" | "O Sequestro" (2017)

in #filmoteca6 years ago (edited)

Fonte: Divulgação (TMC)

Sinopse: Karla é mãe de Frankie. Solteira, ela ganha a vida como garçonete, mas a rotina dela muda por completo quando o seu filho é sequestrado em um parque e ela precisa correr contra o tempo para tentar salvá-lo.

Impossível listar quantas vezes o Cinema já tentou trabalhar o gênero suspense através temática "sequestro", mas é possível ter um panorama melhor quando a questão são os filmes que tentam (e até se esforçam), mas não funcionam. Sem fazer o menor esforço em não figurar na categoria de filmes ruins, O Sequestro é um ótimo exemplo de como não fazer um filme sobre resgate (principalmente envolvendo um contexto familiar, que normalmente é a tentativa que mais gera empatia por parte do público).

Fonte: Divulgação (Hanker)

A sensação de urgência que os roteiristas apresentam para o espectador através do início movimentado da trama, faz com que uma sensação de algo mais complexo e mais desafiador está por trás daquele acontecimento. O ritmo de perseguição desenfreada logo após o sequestro (que ocorre praticamente no início do filme) é totalmente favorável para a sedimentação da história, mas o clima não se mantém pela falta de tato no desenvolvimento do que precisa acontecer em seguida.

Os momentos relevantes no trabalho do diretor Luis Pietro durante toda a projeção são totalmente inexistentes e isso fica visivelmente claro porque o plot central da trama não tem nenhuma força. O filme fica solto por todo o seu trajeto e se torna cada vez mais entediante a medida em que avança minuto a minuto sem realmente conseguir proporcionar um único bom momento para dar um up na narrativa (convertendo-se rapidamente em uma experiência bem enfadonha de acompanhar).

Fonte: Divulgação (Indiewire)

Narrativamente falando, o filme até tenta seguir uma linha argumentativa (e esse é o único lapso de esforço para tentar salva-lo do marasmo) mas nada se sustenta e com a adição de situações non-sense (e outras realmente absurdas) espalhadas ao longo do caminho... Fica cada vez mais complicado tentar convencer o público de que ainda vale à pena continuar assistindo ao filme (eu particularmente só o assisti por completo porque eu odeio deixar um filme pela metade).

O elenco é bem mediano (comprometendo demais a credibilidade da história... porque, além de nenhum personagem realmente funcionar, não há situações que inspirem os atores a serem desafiados) e eu não consigo me lembrar da última vez em que eu tenha assistido a um filme recente da Halle Berry que tenha sido bom (no máximo, chega ao nível médio) e infelizmente, esse é mais um que entra para a filmografia razoável dela. O personagem dela é até interessante (a personificação da mãe guerreira, aquela que move céus e terra para salvar a sua cria), mas não salva o filme do fracasso.

Fonte: Divulgação (Cine News)

Um dos pontos que também atrapalham muito o andamento do filme é a edição das cenas, porque os cortes abruptos (que são mais frequentes do que deveriam nesse tipo de abordagem) ao invés de funcionarem como elementos para criar momentos de tensão que deveriam ser ainda mais acentuados, acabam resultando em nada menos do que uma frustração atrás da outra (aumentando o nível de chatice do filme).

Nesse aspecto, a trilha sonora também é muito falha (são apenas algumas junções de notas musicais espalhadas de formas aleatórias pelo filme) e anula qualquer possibilidade de orquestrar um clima de suspense mais pesado e mais envolvente que pudesse, de alguma forma, chamar a atenção. De maneira geral, é incrível como esse filme consegue ser um amontoado de erros por todos os seus lados.

Fonte: Divulgação (Pinterest)

O clímax de O Sequestro (ou melhor, a explicação da trama) é a pior parte porque é justamente onde o filme coloca em cima da mesa todas as suas fraquezas (de uma forma mais nítida, evidenciando toda a sua fragilidade) com um final totalmente ruim e que beira ao amadorismo (de longe, é uma das conclusões de filmes - que seguem esse segmento - mais toscas que eu já tive o desprazer de assistir).

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Deve ser muito bom esse filme mesmo @wiseagent... nao me lembro de ter assistido nenhum filme da Berry que fosse ruim. Aliás... o piorzinho foi o batman que ela fez a mulher gata... ops... mulher gato.


ptgram power

Particularmente, eu achei O Sequestro péssimo (haha!) e a única vez onde ela fez o papel de mulher-gato foi no filme solo da personagem (que também é péssimo, haha!).

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