Um novo horizonte para o Cinema Brasileiro.

A realidade do cinema imersivo está se desenvolvendo a passos consideravelmente largos e fazendo com que os espectadores sintam-se cada vez mais dentro dos próprios filmes que estão assistindo. É uma repaginada altamente tecnológica no conceito da tão aclamada Sétima Arte, algo além da tecnologia 3D ou 4D.

Um das ramificações desse novo cenário da cultura e do entretenimento é a realidade virtual, um aspecto que promete adicionar novas e interessantes camadas as experiências cinematográficas mundo à fora e o Brasil já deu o ponta pé inicial em ótima forma!

O filme A Linha (um projeto de imersão virtual que coloca o telespectador na cidade de São Paulo do ano 1940) que tem direção do brasileiro Ricardo Laganaro, desenvolvimento / produção pela ARVORE Immersive Experiences e tem narração do ator Rodrigo Santoro, foi consagrado como o vencedor no Festival de Veneza na categoria Melhor Experiência Interativa.

Ao longo de 13 minutos, o filme acompanha (e a julgar pelo teaser trailer postado acima... faz isso de maneira assertivamente intimista e poética) os personagens Rosa e Pedro, dois simpáticos bonecos de maquete tendo que lidar com a rotina de uma São Paulo da década de 40.

Isso é ótimo para o cinema nacional porque reforça a qualidade dos nossos bons / ótimos projetos para aqueles que ainda torcem o nariz para produções tupiniquins (especialmente os próprios brasileiros), e também, porque melhora a nossa imagem em relação ao mercado exterior (e para alçar vôos mais altos, é preciso cada vez mais reconhecimento).

Parabéns ao Brasil por essa conquista, principalmente por ter conseguido uma vitória em um aspecto relativamente precário: o ramo da tecnologia. A partir daí, creio que outros grandes projetos serão desenvolvidos e cada vez mais profissionais irão elevar o patamar do nosso cinema em meio a essa selva de competição mundial!