Quanto vale a educação no Brasil?

Em postagem recente no Twitter (que parece ser o meio de comunicação mais eficiente do nosso digníssimo presidente), Jair Bolsonaro publicou a seguinte nota:

Segunda essa altarquia do conhecimento, uma "lava jato da educação" (que funcionaria através de uma parceria entre o MEC, a Polícia Federal, a Advocacia e Controladoria Geral da União e Ministério da Justiça) parece ser a saída perfeita para monitorar e identificar os recursos que são aplicados a educação dos brasileiros.

Em outras de suas declarações públicas, ele afirma:

"Dados iniciais revelam indícios muito fortes que a máquina está sendo usada para manutenção de algo que não interessa ao Brasil".

Pois então, indo direto ao ponto: Se o Brasil é um país que, com o peito estufado, grita: "Sem educação não há progresso!... Qual seria a lógica em ter que diminuir os gastos justamente em uma das máquinas essenciais para esse desenvolvimento?

Não discordo da fiscalização. Se há erros, os mesmos precisam ser identificados e consertados. Mas o problema é muito mais complexo do que isso, afinal, o próprio presidente (e seus lacaios) tem tetos de vidro... No entanto, blindados por um sistema de justiça falho e monstruoso (para os mais necessitados, evidentemente), os processos que naturalmente lhes caberiam, são impedidos de ganhar força para futuras punições.

Não estou justificando um erro com outro. Muito pelo contrário, reitero que tudo o que há de errado precisa entrar nos trilhos... Mas a arrumação precisa acontecer primeiro dentro da nossa casa (ou você acha que aquela Transilvânia dos Infernos que forma o poder nacional em Brasília é pura e imaculada?), para que assim, nós possamos seguir adiante.

Um presidente (que de fato haja como tal) precisa primeiro se ver livre de suas próprias bagunças para estar apto a tentar consertar as bagunças alheias! Além disso, o mais óbvio: Precisa governar para TODOS e não apenas em benefício próprio (e dos seus)!

P.S.: Não entrei no demérito que há décadas aflige a educação (principalmente no que tange a educação pública e estadual) porque o post ficaria muito longo. Quem sabe algum dia eu faça apenas um post apenas sobre isso... Pois já trabalhei na função de professor e já tive o desprazer e total infelicidade de ensinar em escola sem a menor estrutura física (algumas - ainda que momentaneamente - sem teto!) adequada, sem merenda para os alunos (fazendo com que as aulas tenham que ser encerradas mais cedo, causando um efeito dominó do mal), apenas para citar alguns dos tantos exemplos.