#BOX DE SÉRIES# - "Chilling Adventures of Sabrina" | "O Mundo Sombrio de Sabrina" (2018-)

in #boxdeseries5 years ago (edited)

Fonte: Divulgação (Netflix)

Tudo começou através das histórias em quadrinhos, e posteriormente - após o sucesso - ganhou as telinhas no formato de uma série de TV, nos anos 90, protagonizada pela atriz Melissa Joan Hart. Em 2018, a Netflix continua expandindo o seus horizontes de adaptações (ou "remakes") e decidiu trazer do "mundo dos mortos" a história da bruxinha adolescente de essência inocente... No entanto, agora a pegada da série é bem mais diferente do que poderia imaginar.

Nada de problemas pessoais sobre uma bruxa adolescente bobinha em conflito com seus recém descobertos poderes... Nada de gatinho falante dando uma de "mestre conselheiro" e também, nada de tiazinhas tutoras inocentes e totalmente desastradas, porque essa repaginada que a Netflix fez com essa nova versão da série é algo que vai muito além daquela essência superficial da versão original.

Fonte: Divulgação (Dread Central)

Roberto Aguirre-Sacasa foi o responsável por desenvolver e ajudar a produzir (junto a Waner Bros. Television, Berlanti Productions e a Archie Comics) essa nova visão sobre o projeto especialmente para a Netflix, onde a essência principal sobre a atmosfera da série é mantida (o terror e o sobrenatural), mas há muitas novidades que tornam esse show ainda mais interessante do que ele já era anteriormente.

O processo de produção é cheio de detalhes que enaltecem a trama de uma forma quase mágica, criando um senso artístico super criativo (algo que pode ser facilmente constatado nos créditos de abertura, por exemplo). Os cenários são ricos em minusciosidades que visualmente chamam à atenção desde as primeiras cenas, despertando ainda mais a vontade do telespectador em acompanhar os próximos cenários que estão por vir (e isso é algo que vale muito à pena destacar porque é um dos trunfos dessas nova adaptação).

Fonte: Divulgação (Detroit Metro Times)

A fotografia (que dialoga de forma hábil com a eficiente edição de arte e também com os figurinos bem encorpados e de presença marcante frisando muito bem o tom da trama) é muito bonita, sendo algo bem acima da média para uma série de TV e isso é notório a medida em que os episódios vão ganhando contornos mais sérios, mais sombrios e com pitadas de humor ácido (nem sempre tão fácil de ser digerido) que podem não satisfazer as expectativas dos fãs mais fervorosos da versão original.

Contando com apenas 10 episódios em sua primeira temporada (mas já renovada para uma segunda temporada em 2019), a série consegue focar entre diferentes vertentes. A vida pessoal da bruxinha agora é levada mais a sério, fazendo com que os problemas adolescentes sejam vistos como algo mais próximo da realidade e os seus problemas sobrenaturais elevados a um grau de importância que faz uma mistura entre o horrendo e o desafiador.

Sabrina agora faz mais o estilo "autossuficiente" (algo que às vezes passa dos limites, tornando a personagem um pouco pedante ao ser forçada a assumir o girl power de uma forma mais agressiva) e tenta enfrentar os seus desafios não busca tanto os conselhos de seu gato Salém ou de suas tias Zelda e Hilda.

Fonte: Divulgação (Variety)

Além disso, os perigos que são os motivos de preocupação para Sabrina são imensamente mais complexos e assustadores dos que são vistos na versão original. Esqueçam o tom de brincadeira infanto juvenil e esperem para ver muita magia negra, rituais macabros (a série pega relativamente pesado nisso), cenários mórbidos e uma trilha sonora que acompanha tudo isso de uma forma bem "dançante" por ser muito bem acoplada momentos-chaves para o desenvolvimento da série.

Novos personagens (alguns clichês, outros nem tanto... equilibrando o tom de novidades nos núcleos dos arcos dramáticos) fazem uma ótima ponte com os personagens antigos, então, como a conversa entre eles quase sempre flui de maneira convincente o elenco (destaque óbvio para a nova Sabrina, interpretada por Kiernan Shipka, que além de muito simpática é boa atriz) entrega um trabalho digno para com a qualidade que está contida no projeto.

Fonte: Divulgação (Screen Rant)

O ritmo da série é rápido e o trabalho de direção é bem firme (deslizando poucas vezes no meio do caminho) e não existe muito papo para conversas sem sentido ou dramas desnecessários. Objetivando pela otimização de tempo e pela captação de audiência por parte do público, há várias situações interessantes acontecendo ao mesmo tempo e isso chama - de forma ainda mais incisiva e sem perder muito da sua originalidade - o telespectador e garante que haja uma vontade em continuar assistindo a série.

Dentre os trabalhos "originais" da Netlix esse ano, não há dúvidas de que O Mundo Sombrio de Sabrina foi um de seus melhores acertos. Realmente vale à pena assistir cada um dos episódios (e esperar pela próxima temporada... que a julgar pelo trailer, parece estar bem mais intensa e agitada do que a primeira).

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