A democracia realmente é o melhor sistema de escolha? #Política

A palavra democracia tem origem no grego dēmokratos que é composta por dēmos (povo) e kratos (poder).
 
Tudo bem, é o poder do povo de eleger algo ou alguém. Mas seria essa forma a melhor a ser utilizada? Concordo que no atual momento em que as sociedades mundiais vivem, sim, este ainda é o melhor método de escolha, mas minhas bases filosóficas e minha consciência, sempre dizem que tudo deve ser questionado para dessa forma haver melhorias.

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A democracia não é um sistema perfeito, cientificamente falando, é a escolha com base em um sistema quantitativo e não qualitativo, ou seja, em qualquer eleição, para prefeito, presidente ou síndico, sempre ganhará quem possuir mais votos, o que por vezes, não representa a vontade da maior parte da população.
 
Vejam o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018 no caso, haviam treze candidatos onde dois alçaram para disputar o segundo turno, estes dois candidatos, obtiveram juntos 75,31% dos votos válidos (sem brancos e nulos). No segundo turno, quem não votou em nenhum dos dois candidatos, teve apenas três opções, votar em algum dos dois ou se abster do pleito eleitoral.
 
O que me incomoda nesse caso é que: a vontade de 25% dos eleitores que votaram, foi suprimida impositivamente de forma democrática. Isso é muito paradoxal, pois de alguma forma, é como se o voto dessas pessoas não valesse de nada.
 
Nem todos devem saber disso, mas nas eleições de 1960, o pleito eleitoral ocorreu de forma separada, para presidente e para vice-presidente. Isso, pelo menos para mim, soa de forma mais democrática.
 
Imaginem, talvez um certo candidato de oposição se elegendo vice-presidente. Faria com que o presidente trabalhasse com mais avidez para não perder seu cargo e deixar um opositor em seu lugar. Claro que o político brasileiro sempre se supera e consegue achar meios de se perpetuar no poder, mas é aí onde deve entrar o “poder do povo”.
 
Agora imaginemos, na democracia atual, a votação da forma que acontece, no caso não houvesse um segundo turno e todos os candidatos após o pleito, possuíssem representação de acordo com a porcentagem de votos (sem cargos comissionados claro), teríamos maior representatividade de outros projetos, porque afinal, em certos pontos, alguns acertam.
 
Talvez a melhor forma fosse uma escolha qualitativa em vez de quantitativa, onde o vencedor do pleito fosse o mais qualificado para o cargo e não o mais votado pela população, população essa que em sua grande maioria não entende nada de política, não possui fundamentos de educação, economia ou qualquer outro assunto acerca dos problemas da nação.
 
Não sei ao certo qual seria o melhor modelo, este é um assunto que estudo há anos e ainda não cheguei a uma conclusão, pois é algo muito complexo, sei que, para o momento da nação, o modelo utilizado atualmente é o melhor, mas devemos sempre melhorar tudo enquanto ainda não é perfeito.
 
Pois este modelo, verificadamente, ainda não é o mais justo para toda a população, pois quando se exclui a vontade de uma ínfima parcela da população que seja, isso não é justiça, torna-se imposição, a imposição do mais forte ou do mais poderoso, e, graças a isso estamos vivendo a atual situação que o país se encontra.
 
Compartilhei essas divagações pois penso que apenas em sociedade pode-se chegar em um consenso, afinal, não se faz Política ou Filosofia Política sem ouvir a sociedade, apenas desta forma, em sociedade, poderemos construir um sistema justo e um modelo de equidade.



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