Nesse incrível relato sobre a amamentação, a @caroline.muller traz em um texto bem descritivo, sobre a beleza e as dificuldades de um período importantíssimo na construção familiar. A função de mãe, na teoria é uma coisa, na prática é na singularidade da realidade de cada um, não existe receita, e as exigências que nós temos sobre nós mesmos, são muitas, e dificílimas de lidar sozinhos. Não à toa é um período em que muitas mulheres adoecem. A amamentação é um período de extrema importância, para a mãe, não é tão fácil como vemos nos filmes, claro que terá quem terá mais facilidade e quem terá menos, de qualquer forma, a sucção por vezes incomoda, as lesões, a dor, as dúvidas, os dias e as noites, e muito mais. Para o bebê é fonte de prazer do recém nascido, onde sua realidade é baseada em instintos primitivos, e já aqui é um dos pontos de construção da nossa psique, de extrema importância, que poucos se dão conta, não é só alimentação, é muito mais do que alimentação, e tanto o início da amamentação logo quando nasce, quanto o final aos 2 anos são importantes, é muito comum crianças que param antes dos dois anos, muitas vezes por consumir alimentos ricos em açúcar. É comum também os que não param aos 2 anos, independente do motivo, é importante demonstrar à criança que ela cresceu e que não pode mais mamar no peito, esse laço que muitos tem dificuldade em se desfazer, pois as crianças muitas vezes choram dia e noite, e nenhum pai e mãe gosta de ver seu filho chorando, infelizmente acaba amenizando esse crescimento, passando mensagens que não pode por diversos motivos, como que o peito está machucado, ou que acabou o leite, assim passam a mensagem “não pode porque eu não posso te dar”, não a mensagem “não pode porque você cresceu”, e essa mensagem do crescimento não é fácil, já disse em cima, a teoria é uma coisa, a prática nem sempre podemos ou conseguimos ou queremos dar conta da teoria, e só no futuro que os pesos dessas mensagens terão consequências para quem não aprendeu desde cedo a lidar com uma realidade, que o mundo não nos pertence, que temos que saber ouvir o sim e o não. E que o diálogo e a construção da linguagem começa desde o nascimento e se faz ao longo de toda a vida, uma base bem construída é um facilitador de um adulto que irá lidar eventualmente com um mundo real, que é difícil a cada um à sua maneira, mesmo que por muitos não percebido. E lembro também que o mais importante do que o sim e não, é o amor, pois mesmo que não se aprenda naquele momento, o laço do amor é mais importante que todos os ensinamentos. E não falo nem da chegada aos 2 anos, onde na psicanálise chamamos de fase narcisista, e na psiquiatria infantil de terrible two, deixa para outra ocasião! lol

E para além da construção da psique em si, o leite materno tem tudo que o bebê precisa para se desenvolver até os 6 meses e como no relato, temos que ter cuidado com até o que comemos, ou medicações, que possam passar pelo leite. O leite também colabora para composição da bainha de mielina, que reveste nossos neurônios, e contém proteínas de defesa, gorduras, vitaminas, minerais, carboidratos. É um alimento completo, e quando oferecemos outros alimentos antes dos 6 meses, tem chance do bebê não querer mais o leite materno, principalmente se tiver açúcar. Para quem não pode alimentar por motivos maiores, que também acontece, as fórmulas lácteas específicas para a idade, são as melhores opções. O leite de vaca deve ser evitado, lembro das aulas que os professores diziam “leite de vaca é para bezerro, e não para humanos”. Claro que não é uma totalidade, temos uma cultura de uso, não deve ser utilizado em recém nascidos são mais frágeis, e pode até induzir anemia, então o leite de vaca fica para depois, a nao ser que não tenha outra fonte de alimentação, o que acontece, estamos no Brasil e fórmulas não são baratas, aí se o bebê tolerar, terá que ser leite de vaca, ou avaliar na rede de saúde do seu município a distribuição de fórmulas lácteas pelo sus, bancos de leite humano, ou mesmo acionar o jurídico. Estamos falando dos 0 aos 2 anos, e lembrar que aos 6 meses começam a ser introduzidas novas alimentações, sempre com orientação do seu pediatra.

Nesses dois posts selecionados temos em contraste com o primeiro, a função de pai, que não se compete ou não deveria com a função de mãe, as duas funções são importantíssimas para o filho. O pai em uma cultura que vem mudando gradativamente, e isso é bom, é imprescindível, na criação desde o nascimento, participar da vida afetiva do bebê, começa desde ajudando a mãe no apoio, no cuidado. Isso ajuda a mãe a lidar com suas exigências, e os estresses de momentos que ela pouco pensa em si, e desafogar por vezes uma angústia que na correria do dia a dia, não se percebe. Além de na construção da psique, ser a outra referência da realidade do bebê, que ao primeiro momento será só a fonte de prazer e afeto que é quem faz a função de mãe, e posteriormente será o pai a abrir esse laço. @dudutaulois com sua série mostra como não é fácil também, é uma série que vale a pena acompanhar, já está no quarto vídeo. E @belzunces traz a expectativa de ser no futuro próximo, o que em sua reflexão, já traz um pai como seu pai, é o ciclo da vida, muitas vezes não entendemos nossos pais, e começamos a entender um pouco, quando estamos diante dessa realidade. Deixo a mensagem que infelizmente na dinâmica humana, esse pilar de formação da psique, é muitas vezes não construído, por inúmero fatores, e talvez nunca seja, e não à toa, vemos nossa sociedade como está. É uma problemática muito maior do que somente a nossa vontade, mas se pudermos saber o quão importante são essas fases, talvez no futuro consigamos melhorar a vida de muitos, ou mesmo, a vida de uma pessoa, já é o bastante, o que muda uma cultura é o conhecimento, e enquanto o conhecimento for construído, eventualmente ele vai chegar cada vez mais as pessoas dispostas a conhecê-lo e assim é a função que exercemos na vida, e cada um disposto a ter mais conhecimento, é um saber que nos dá segurança de que o mundo, pode mudar para poucos no nosso tempo, mas já mudou para muitos durante a história, ainda há muito a ser mudado, em busca de uma sociedade melhor.

Esse post da @barbaralisarti, traz um tema que gera muita discussão e polêmicas. E não só no aspecto culturas, na própria medicina é um debate intenso e com vertentes diferentes de entendimento. E mesmo assim, nos cabe debater, pois na linguagem que construímos o conhecimento, e também nela que passamos o conhecimento. Seria o fator genético responsável pelo nosso gênero? É uma resposta que já está respondida há muito tempo, se fosse, não haveria essa discussão. E assim então como lidar com uma problemática muito maior do que nossos pré julgamentos, pois só que perpassa pelo sofrimento de não saber qual sua orientação sexual, e vive a cultura dos “pacotes prontos”, imposta, seja pela cultura familiar, ou pela cultura religiosa, ou pela interação de ambas, sabe o sofrimento psíquico de não ser o que deveria ser, e não saber quem é. Na medicina o termo homosexualismo, era usado para designar uma doença até o DSM 3, e depois foi retirado, quando a medicina nesse aspecto se deu conta, que o preconceito e ciência não devem se misturar. A homossexualidade é o termo correto, para se referir ao afeto entre dois sexos do mesmo sexo genético. Agora, e se entendermos que somos seres instintivos, e devido nossa capacidade linguagem, nos diferenciarmos de outros animais, quando temos um instinto, e não se referindo a escolha de gênero, um instinto por si só, como no bebê de fome, ele é um instinto quando relacionado a função de mãe se a mãe do sexo genético xx, se o bebê for do sexo genético xy será um instinto heterosexual, se for um bebê do sexo genético xx, será homossexual. E isso gerou uma perseguição ao primeiro que trouxe essa discussão que foi Freud, por estar sexualizando os bebês, pois estamos tão carregados de preconceitos, que não sabemos diferenciar se estamos falando de instinto ou de gênero, era assim há um século atrás, é assim hoje. Qual outra palavra quando nos referimos a interação entre dois seres de sexo genético podemos utilizar além de homosexual e heterosexual? Mesmo assim muitas doenças psíquicas ocorrem, nosso consciente não saber lidar com os instintos. A escolha sexual pelo sexo oposto, que ocorre durante a construção do consciente, é uma discussão que vai além do instinto, mas não conseguiremos discuti-la. Enquanto não desprender o preconceito que vem há anos e anos, nos determinando quem deveríamos ser, e nao quem somos.

Deixo uma observação ao cuidado de trazer o pai e mãe como função, e é o que realmente são, já diz o ditado popular “pai e mãe é quem cria”, essa função pode ser exercida por qualquer pessoa que estiver disposta a fazê-lo, pode ser exercida pela fé, pelo amigo(a), pelo seu terapeuta, tudo que te ajude a crescer e lidar com a realidade pode estar relacionada a função de pai e mãe. Ter pai e mãe biológico, não quer dizer que você teve ou tem essa função exercida, e não ter também não quer dizer que você não tenha. A biologia não é determinante, é uma base a ser construída no mundo real,dependendo de como for sua realidade, desde o momento que nasce.

Também temos que ter cuidado quando nos referimos a estrutura familiar bíblica, que é de uma época diferente da que vivemos, entender a religião é muito importante para nós, por muitas vezes a religião exerce essas funções de pai e mãe a quem não teve. E isso ajuda a muitas pessoas. O que tiramos de preconceitos são nossas interpretações humanas, que por incrível que pareça vai contra os principais valores cristãos, que é a “que nos amemos uns aos outros” temos que diferenciar até onde entendemos a crença e os valores que ela nos guia, e até onde entendemos a diferença entre a crença, o contexto histórico, a cultura, o tempo que vivemos hoje, e a nossa humanidade, que é muito diferente milhares de anos atrás, isso não retira a importância da crença a muitos seres humanos. E aos que se restringem ao preconceito, está na hora de crescer, e ver que o mundo é muito maior do que seus olhos e sua psique construiu, estamos em 2018 em pleno século 21.

Nesse série de posts, esse já é o quarto, mas vale a pena conferir também os anteriores, @julisavio traz um conteúdo que é imprescindível nos dias de hoje, a educação financeira. Em posts bem detalhados, e com muitos ensinos valiosos, é importante entender que bem estar financeiro é extremamente relacionado à saúde, principalmente saúde mental. É muito comum vermos pacientes em sofrimento intenso por dívidas, má administração da renda, gastos excessivos. Somos uma sociedade cada vez mais bancarizada, é só ver os melhores investimentos, são as instituições que mais crescem no Brasil, a base de juros. E vemos isso nos bancos públicos e privados. Na sociedade que vivemos, gerir o capital, é imprescindível para o seu conforto e da sua família, e nessa série você vai receber muitos ensinamentos para lidar com essa problemática e perceber o quanto gastamos desnecessariamente.

Que também são muito importantes, em um tempo onde os coaches vem ganhando muito espaço, e muitos não tem uma formação em nenhuma área relacionada ao entendimento da psique, @belzunces traz a importância e sua interpretação da psicologia. Eu aprendi muito com as teorias da psicologia, e tive e tenho o prazer de trabalhar com muitos psicólogos que são profissionais de excelência. A contribuição da psicologia para área médica, foi e até hoje, é de extrema importância, e trabalhar com uma equipe multiprofissional, faz toda diferença para a qualidade do serviço de saúde oferecido. Nesta série de posts, você vai aprender muito sobre a profissão, quando procurar, como procurar, avaliar o registro na especialidade, os mitos e verdades que rodeiam a cultura popular sobre a teoria e prática da profissão de psicólogo. Vale a pena conferir, muitas vezes não nos damos conta, e poder contar com uma ajuda, para nos conhecermos, pode mudar a qualidade de sua vida.