A tênue linha do prazer humano

in #pt6 years ago (edited)

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Imagem Ilustrativa - Fonte Pixabay


Boa noite!

Em contribuição a tag #filosofando, hoje trarei uma discussão sobre a nossa espécie. A espécie mais bem sucedida no mundo animal por enquanto.

E em comum com algumas espécies, somos seres movidos por instintos, e o principal instinto é o sexual, no amplo sentido e no sentido mais estrito ao termo.

Como por exemplo a alimentação, nos alimentamos por necessidade biológica, e nosso instinto nos avisa de formas diferentes que as células precisam de energia, e quando comemos, satisfazemos a necessidade biológica e consequentemente mental.

Dessa forma ninguém nos avisa que devemos comer, nós sentimos a fome, e de acordo com a individualidade escolhemos o que é possível ou o que nos apetece para saciar esse instinto.

Há milhares de anos somos assim. Através da busca de prazer, seja de sobrevivência, seja de conforto, moldamos o ambiente que vivemos e nos multiplicamos por todo o planeta terra.

O caminho da necessidade e do conforto, vai depender do que cada indivíduo tem, do que teve, e do que almeja.

Isso é construído desde o nascimento, e na construção de cada realidade individual, moldando os instintos.

O instinto gera a energia que nos move, na busca do que falta a cada indivíduo.

A falta de qualquer objeto que não se têm. Ou seria a falta de uma língua materna ? Acolhedora?

Se não existe falta, o conforto satisfaz em muito, e é difícil sair desse padrão.

Se falta demais, pode ficar insuportável lidar com essa ausência.

Podemos ser uma espécie primitiva, com instintos pouco trabalhados, utilizando essa energia satisfazendo nossos prazeres a qualquer custo, e contornar o que nos falta.

Assim como podemos ser uma espécie com instintos mais trabalhados, utilizando essa energia instintiva para moldar o pensamento.

Nossa energia vai ser endereçada ao que identificamos que nos falta, com base no que nos faltou, caso tenha faltado.

De todas as formas vamos utilizar nossa dimensão do pensamento, da imaginação, ou mais correto o imaginário, para satisfazer nossos instintos.

Esse processo tem íntima relação entre nossa biologia, e conforme nossos instintos nos movem no nosso meio, podemos modificar nossa biologia até em termos de gene.

Somos uma espécie em adaptação contínua ao meio em que vivemos. Em um processo de relação mútua entre nosso pensamento, o ambiente e nossa genética.

Temos essa base de funcionamento há milhares de anos, as mudanças genéticas naturais são sujeitas a uma temporalidade por vezes maior do que a vida de um humano, por mais que nos tempos de hoje a manipulação da nossa própria espécie desses processos podem modificar a temporalidade dessas mudanças.

Algo que mudou em muito e foi determinante na construção civilizatória foi a capacidade de acumular conhecimento, e elaborar cada vez mais instrumentos a partir do conhecimento, para servir a nossa espécie, para servir ao nosso prazer.

Conhecimento que também é uma forma de prazer.

Independente das mudanças, continuamos a sermos seres instintivos, em busca de prazer, seja por sobrevivência ou conforto. Seja por necessidade, ideal, ou reconhecimento.

Lembrando que comunidades diferentes, terão formas de criar seus símbolos e imaginações diferentes, e poderão ter diferentes direções tanto na esfera instintiva, quanto de formas de lidar com os instintos.

E além do caminho que percorremos pela busca de saciar nossos instintos, temos algo a mais, podemos tratar outros indivíduos como objetos, em uma relação que não se forma mais de indivíduo e sua individualidade, para outro indivíduo com sua singularidade, podendo ser e o é a maioria das vezes, do indivíduo dentro de sua individualidade tratando o outro indivíduo como um objeto ao seu bel-prazer.

Os instintos são inatos, a capacidade de moldá-los não. A genética não é determinista, temos o tempero dela, a criação de um indivíduo humano, é muito mais determinante que a genética em si nesse caso.

E mesmo com muitas formas de prazer construídas nas últimas décadas, e talvez por isso também, cada vez mais o prazer transforma a nossa própria espécie em objetos, por vezes descartáveis, por vezes superestimados.

Retornando ao mesmo comportamento que mantemos há milhares de anos, a cólera que nos remete ao quanto temos de parecidos com outros animais selvagens, e por vezes sem limites, sem normas, levando a marca do que nos faltou, incapazes de se permitir o desprazer.

Obrigado pela leitura! Até mais!


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Olá @matheusggr

Interessante pensar que o ser humano é o (ou um dos) animal com maior capacidade de adaptação do mundo e ao mesmo tempo ainda conserva instintos primitivos. Ótimo texto!

Sucesso sempre!

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Acho muito interessante também! É exatamente isso, os instintos são importantes para nossa sobrevivência, mas se não trabalhados com amor, educação e limites, podemos será tão selvagens como qualquer animal. Obrigado pelo comentário @biogirl!

O instinto básico realmente nos move @matheusggr, mas como fomos dotados de capacidade cognitiva (em teoria superior aos demais animais), temos justamente a opcao de escolher o que fazemos ou nao. Isso, aliado ao conhecimento acumulado acaba realmente por determinar nossa cultura, forma de agir, pensar, sentir, etc... e isso, por sua vez, acaba influenciando os instintos e vice-versa. Bem... posso estar falando uma besteira imensa, mas é como eu vejo essa situacao. Parabéns pelo seu post!


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Ótimo complemento! No entanto mesmo com o diferencial de uma capacidade cognitiva mais elaborado, ainda podemos ser emocionalmente primitivos. Podemos ser inteligentes e instintivamente instáveis, agressivos, impulsivos. E como disse varios fatores são importantes para trabalhar os instintos primitivos em instintos mais elaborados. Eventualmente todos podemos agir instintivamente, porém existem pessoas que funcionam a base dos instintos primários, primitivos. Obrigado pela complementação @aotearoa!

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