Você não é o que pensa

in #pt6 years ago (edited)

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O livro O Poder do Agora, de Eckhart Tolle, passa a mensagem de que eu e você somos humanos, temos a mesma natureza, somos iguais. Nós dois sentimos amor, raiva, alegria, pena. Mas mesmo sabendo que somos iguais nós olhamos para o outro através de uma tela feita de conceitos, definições e julgamentos. Usando esta tela a gente compara aquilo em que somos melhores, mais corretos, mais bonitos. Ou mesmo vemos no que somos piores, incorretos e feios.

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Usamos estas diferenciações para fazermos análises e reconhecer padrões e distinções da realidade. O lado ruim é que esta tela acaba criando a ilusão de que somos diferentes na essência. E mais, do mesmo modo que ela se coloca entre você e outra pessoa, ela também se coloca quando você olha para si mesmo, você e seu eu interior. Aquele eu que é igual a todo mundo, que sente amor, raiva, alegria, pena...

Mas como assim, existem dois eus? Para o autor do livro existe apenas um, o eu interior. Aquele que pensa em conceitos, definições e julgamentos não é você, é apenas sua mente. Mas a mente não sou eu? Eckhart explica que a mente é uma ferramenta muito útil que usamos para resolver problemas, por exemplo 2+2 ou o projeto de um avião. Ela usa destes pensamentos baseados em comparações e padrões para resolver problema da ordem prática.

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Mas acontece que a maioria de nós não sabe usar a mente, ou melhor, deixa que mente lhe use, justamente por não entender que ela não define o seu ser. Por isso é tão comum sermos incapazes de controlar os pensamentos ou parar de pensar por algum tempo - esta é justamente a proposta da meditação: acalmar a mente para alcançar estados mais elevados de consciência.

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Mas, controlar ativamente os pensamentos é algo que se ganha com muita experiência. Mas, em outros momentos, mesmo que não tenhamos a intenção da meditação podemos vivenciá-la. É o caso quando estamos imensamente absortos em uma atividade: dançando, desenhando, praticando o esporte favorito. A sensação de prazer, de paz. Neste momentos, não estamos usando a mente para o entendimento. Um dos grandes ensinamentos dos livro é que separar os momentos em que usamos a mente. Ela é útil para analisar possibilidades e tomar decisões para nossas ações. Mas é inútil e provoca sofrimento quando utilizamos para definir quem somos, pois a noção de valor é sempre relativa ao contexto e a essência que carregamos dentro de nós é atemporal.

Quando estamos tentando utilizar a mente para nos definir utilizamos, necessariamente, a noção de tempo. Pensando o quanto somos bons ou ruins baseados nos acertos do passado e criamos expectativas de como seremos se algo acontece de bom ou de ruim no futuro. Por isso o nome do livro é O Poder do Agora, instruindo que o lugar para que nossa consciência ter paz é no presente.

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Saudações, senhorita Bárbara

Pelo que entendi da descrição do livro, é falado que a mente é muito boa para raciocinar e resolver problemas, porém, caso seja mal utilizada, pode causar uma espécie de "prisão". Caso a pessoa fique comparando o que ela é com o que gostaria de ser e essa comparação seja muito dissonante, tenderá á desenvolver depressão. Se ela comparar a si agora com o que quer ser no futuro, tenderá á desenvolver questões ligadas á ansiedade. Por isso, o bom é que a mente seja focada no agora, para vivenciar as questões atuais e se desenvolver bem!!!!

Obrigado pela exposição do livro e boa tarde!!!!!

Uou, teu volta tá valendo um balde!

Exatamente @julisavio! Porque a essência é indefinível pela mente, e só causa sofrimento a tentativa de nos colocarmos em nestes definições tanto aparentemente positivas quanto negativas.

Parabéns, seu post foi selecionado para o BraZine! Obrigado pela sua contribuição!
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Pensar no presente é sempre a melhor opção até para aliviar a ansiedade. Muitas vezes nos preocupamos demais com as situações da nossa vida ou com nos mesmos desnecessariamente. Interessante a proposta do livro, vou dar uma pesquisada nele! =)

obrigada pela leitura mana =)

Post interessante! Acredito que é interessante controlar a mente e vivermos no agora em alguns momentos, porém as vezes também temos que refletir sobre o passado, o presente e o futuro, conjecturar, sem entrar em ciclos viciosos e nocivos de pensamento obviamente, mas filosofar sem muitas regras. Se todas as pessoas soubessem fazer essas coisas muita coisa seria diferente.

sim @paulo.sar! Também acho necessário e, particularmente adoro, filosofar livremente heheheh. Mas acho que é bem isso, tendo consciencia de quando se está fazendo isso.

Bom saber que tem mais gente que gosta de filosofar livremente!! Grato pela resposta :)

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